Porque nem sempre sou o homem que você enxerga.
Eu, meus caros, erro. Muito. Acreditem nisso. Escrever não é um dom. Mas o reflexo de minhas falhas. Minhas manchas. Meus anseios. É o esboço em tinta da soma de meus erros.
Lindas palavras. Mas que para ela podem ser causas e consequências de uma dor. Inspirações que nasceram ao custo de suas lágrimas. Triste. Mesmo assim, um dos lindos motivos pelos quais nos reconhecemos. Assim, não poderia deixar de dizer, para cada uma destas derramadas: me perdoe.
Sim, me perdoe. Por não ser, tantas vezes, o homem que apenas você consegue enxergar em mim. Por todas as vezes que fui razão de suas angústias. Ou quando fiz, das minhas, fugas. Criava, assim, meus amores literários. Eu me afastava de você. Sem notar que estas musas nunca possuirão a sua maior beleza: o existir.
Da forma mais bela e carinhosa que já encontrei. E que pude, mesmo assim, tantas vezes ferir. Com o meu maior dom. As palavras. Espero agora que estas, sustentadas pelos meus carinhos e caráter, te convençam do mais importante. Posso não ser sempre este incrível homem que apenas você enxerga.
Mas ele só existe e existirá com você.